Não existe uma idade para a pessoa entrar no mundo das drogas. Os jovens, em particular os estudantes, no entanto, são os mais vulneráveis. Especialistas têm defendido que as tradicionais palestras antidrogas não são eficientes no combate ao consumo nas escolas e podem ser classificadas até como perigosas. Porém, são quase unânimes em afirmar que os estabelecimentos de ensino têm um papel fundamental no trabalho de prevenção.
De acordo com Jairo Werner, doutor em saúde mental e professor da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), essas palestras acabam estimulando a curiosidade. “A metodologia mais eficaz é a criação de oficinas. Divisão do grupo em células menores e com várias atividades para comprometer todos com o tema. Esse trabalho também é chamado de construção, com a participação do corpo docente, dos pais ou responsáveis e dos próprios alunos. Todo esse processo não pode ser composto apenas de discursos sobre os efeitos das drogas”, diz o professor.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 57% dos jovens entre 12 e 17 anos entrevistados revelaram que obter drogas no Brasil, em qualquer momento, é muito fácil. Outros estudos também revelam que a experiência com substâncias psicoativas legais ou ilegais é cada vez mais precoce entre os jovens.
Esses dados só demonstram que existe a necessidade de se criar um cultura adversa a esse consumo. “Essas oficinas antidrogas devem ser desenvolvidas através de uma série de abordagens, que vão desde a informação pura e simples até a conscientização de conceitos, como, por exemplo, a droga como uma linguagem: depois que se aprende a usar não se esquece mais ou que quanto mais cedo uma pessoa se inicia no mundo das drogas, maiores são as chances de dependência. Devem ser usados recursos de música, teatro e outros mecanismos, com uma participação intensa, que faz o estudante atingir um nível de entendimento real da situação. O resultado final é a construção de uma linguagem antidrogas. Todo o processo deve se basear no incentivo de uma vida saudável, com os cuidados com o corpo e uma boa alimentação”, analisa Werner.
Corpo docente preparado
O governo está tentando ampliar o número de profissionais especializados na prevenção ao uso de drogas. Em 2004, o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) criaram um projeto-piloto para a formação de professores na temática, para atuarem nas escolas públicas. A iniciativa foi feita em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). Inicialmente, o curso teve a participação de 5 mil educadores de todas as regiões do País. Em 2006, a formação atendeu 20 mil profissionais, e no ano passado, 25 mil.
A entrada no mundo das drogas
A iniciação dos adolescentes no mundo das drogas varia de acordo com a realidade de cada jovem. A maior influência são os próprios colegas. “Isso é que tem que ser trabalhado, não só nas escolas, com os professores de uma maneira geral, pois esse assunto pode estar presente em qualquer matéria, mas com os pais ou responsáveis, que, na verdade, ficam perdidos, sem saber como orientar”, esclarece o professor.
O novo usuário
Um dos momentos mais delicados é quando se percebe que o jovem está envolvido com drogas. Especialistas afirmam que a identificação do novo usuário ocorre de várias formas. Cada droga tem um efeito e essa resposta pode ser diferente em cada organismo. É importante observar mudanças de comportamento, falhas no aproveitamento escolar, desinteresse pela escola, falta de motivação para atividades antes bem procuradas e mudanças de amizades.
É importante observar ainda se o jovem começa a se juntar com outros que também apresentam alterações de comportamentos. “É obrigação da escola não acusar, não fazer uma denúncia, não expor essa questão. Ao ser observada qualquer alteração nos indicadores descritos, os pais devem ser chamados para participar da análise da situação. É fundamental fazer o jovem falar dos seus problemas. É também importante procurar um profissional para um tratamento clínico apropriado e específico”, conclui Werner.
De acordo com Jairo Werner, doutor em saúde mental e professor da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), essas palestras acabam estimulando a curiosidade. “A metodologia mais eficaz é a criação de oficinas. Divisão do grupo em células menores e com várias atividades para comprometer todos com o tema. Esse trabalho também é chamado de construção, com a participação do corpo docente, dos pais ou responsáveis e dos próprios alunos. Todo esse processo não pode ser composto apenas de discursos sobre os efeitos das drogas”, diz o professor.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 57% dos jovens entre 12 e 17 anos entrevistados revelaram que obter drogas no Brasil, em qualquer momento, é muito fácil. Outros estudos também revelam que a experiência com substâncias psicoativas legais ou ilegais é cada vez mais precoce entre os jovens.
Esses dados só demonstram que existe a necessidade de se criar um cultura adversa a esse consumo. “Essas oficinas antidrogas devem ser desenvolvidas através de uma série de abordagens, que vão desde a informação pura e simples até a conscientização de conceitos, como, por exemplo, a droga como uma linguagem: depois que se aprende a usar não se esquece mais ou que quanto mais cedo uma pessoa se inicia no mundo das drogas, maiores são as chances de dependência. Devem ser usados recursos de música, teatro e outros mecanismos, com uma participação intensa, que faz o estudante atingir um nível de entendimento real da situação. O resultado final é a construção de uma linguagem antidrogas. Todo o processo deve se basear no incentivo de uma vida saudável, com os cuidados com o corpo e uma boa alimentação”, analisa Werner.
Corpo docente preparado
O governo está tentando ampliar o número de profissionais especializados na prevenção ao uso de drogas. Em 2004, o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) criaram um projeto-piloto para a formação de professores na temática, para atuarem nas escolas públicas. A iniciativa foi feita em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). Inicialmente, o curso teve a participação de 5 mil educadores de todas as regiões do País. Em 2006, a formação atendeu 20 mil profissionais, e no ano passado, 25 mil.
A entrada no mundo das drogas
A iniciação dos adolescentes no mundo das drogas varia de acordo com a realidade de cada jovem. A maior influência são os próprios colegas. “Isso é que tem que ser trabalhado, não só nas escolas, com os professores de uma maneira geral, pois esse assunto pode estar presente em qualquer matéria, mas com os pais ou responsáveis, que, na verdade, ficam perdidos, sem saber como orientar”, esclarece o professor.
O novo usuário
Um dos momentos mais delicados é quando se percebe que o jovem está envolvido com drogas. Especialistas afirmam que a identificação do novo usuário ocorre de várias formas. Cada droga tem um efeito e essa resposta pode ser diferente em cada organismo. É importante observar mudanças de comportamento, falhas no aproveitamento escolar, desinteresse pela escola, falta de motivação para atividades antes bem procuradas e mudanças de amizades.
É importante observar ainda se o jovem começa a se juntar com outros que também apresentam alterações de comportamentos. “É obrigação da escola não acusar, não fazer uma denúncia, não expor essa questão. Ao ser observada qualquer alteração nos indicadores descritos, os pais devem ser chamados para participar da análise da situação. É fundamental fazer o jovem falar dos seus problemas. É também importante procurar um profissional para um tratamento clínico apropriado e específico”, conclui Werner.
...Fonte: "arcauniversal.com.br"
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