As mulheres são quase a metade dos 110 mil empregados do setor de supermercados na cidade de São Paulo. Elas estudam mais do que eles, na média, mas ganham em torno de 78% do que recebe um homem, como demonstra pesquisa sobre o setor divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Em 2008, os homens eram maioria (55%) da força de trabalho nos supermercados da cidade de São Paulo. Segundo o estudo, a maioria deles (79,6%) estava na faixa etária de 18 a 39 anos, e só metade (50,4%) tinha o ensino médio completo.
As mulheres com o ciclo básico da educação terminado representavam quase sete em cada dez funcionárias (68,3%), uma parcela bem maior do que homens.
- O nível de escolaridade formal dos trabalhadores tem aumentado nos últimos anos. Entre homens e mulheres, nota-se que a mão de obra feminina possuiu grau de instrução mais elevado do que a masculina. Apesar disso, o maior nível de instrução das mulheres não lhes confere, sequer, salário igual ao dos homens.
O estudo verificou que, na cidade de SP, o setor pagava R$ 1.222,62, em média, para os homens. Para as mulheres, essa renda não passou de R$ 937,63 (ou 78% do salário masculino). Quando considerado o setor em todo o Estado, esses valores ficaram em R$ 1.109,05 e R$ 865,62, respectivamente.
Jovens
Os supermercados também são grande porta de entrada para os jovens com pouca qualificação no mercado de trabalho. Um em cada três empregados do setor tinha entre 18 e 24 anos, de acordo com a pesquisa.
- Isso se deve ao fato do setor ter como uma de suas características estruturais a disponibilidade da inserção em inúmeras funções que não exigem alta qualificação profissional ou ampla experiência anterior.
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